Intercâmbio: fazer ou não fazer?
Quem tem vontade de aprender uma segunda língua costuma considerar fazer um intercâmbio para aprimorar seus conhecimentos, fixar a língua e ter um domínio mais autêntico do idioma. Mas, quando se fala em viajar para o exterior, ainda é comum que surjam dúvidas: afinal, fazer um intercâmbio vai mesmo fazer uma diferença significativa no aprendizado de língua estrangeira?
Intercâmbio: fazer ou não fazer?
Que um intercâmbio pode fazer uma grande diferença para quem está aprendendo uma segunda língua é fato. Há diversas pesquisas que comprovam que o contato direto com a língua alvo resulta no aumento do domínio da língua que se está aprendendo.
E isso ocorre por uma série de motivos, mas principalmente pela imersão no idioma: estar em um ambiente onde todos falam a língua e onde tudo que se vê está escrito no idioma é uma forma de desafiar o cérebro a se acostumar com novos padrões que, aos poucos, começam a se tornar normais até se fixarem na memória.
Além disso, a experiência em outro país envolve situações em que, mesmo que o viajante tenha vergonha ou insegurança, é necessário se comunicar – seja para pedir orientações, fazer compras, pedir um prato no restaurante, etc. Isso incentiva o estudante de uma segunda língua a praticar.
Intercâmbio vale a pena, mas só se…
Não basta simplesmente se matricular em um curso em outro país, fazer as malas e partir. É preciso tomar alguns cuidados para que a experiência seja mesmo proveitosa. Por exemplo:
1 – Evitar as colônias de brasileiros
Sair do país, especialmente se for pela primeira vez, para estudar um idioma vai exigir muitas mudanças e flexibilidade para adaptação. Em meio a um mundo de novidades, é comum que as pessoas procurem encontrar um pedaço de casa enquanto estão longe e acabem formando grupos de amigos que têm as mesmas origens.
Mas de que adianta ir até a Inglaterra para aprender inglês se as pessoas com quem você mais vai conviver forem brasileiras? É preciso focar na imersão e tentar praticar a língua sempre que puder.
2 – Não começar do zero no exterior
Procure fazer um intercâmbio de aprendizado de idioma quando já tiver pelo menos o nível intermediário da língua que quer aprender. Do contrário, a experiência pode ser muito difícil, já que é desmotivador estar sozinho em um país novo, onde você não entende nada do que está sendo dito e não consegue se comunicar.
Se você estiver no nível intermediário, por exemplo, já vai conseguir conversar e sentir-se muito mais motivado a cada conquista, além de poder acompanhar os seus avanços com mais facilidade.
3 – Lembrar-se de que você vai ter mesmo que estudar
Simplesmente estar no exterior matriculado em um curso de idiomas e convivendo com locais ou pessoas de outros países na mesma situação já ajuda muito a melhorar seus conhecimentos da língua. Mas isso não é o bastante! É preciso estudar sim, especialmente algumas línguas que possuem particularidades maiores, como o alemão, que possui uma gramática mais complexa e exige muita dedicação e memorização.
É claro que você não vai deixar de aproveitar para curtir a cidade, fazer amigos e criar uma rotina. Mas lembre-se de inserir algumas horas de estudo e dedicação exclusivas à língua alvo para tirar o máximo de proveito da experiência!
Intercâmbio é bom, mas não é essencial
Vale lembrar que, apesar de ajudar muito no aprendizado da língua, não é necessário fazer um intercâmbio para adquirir domínio de outro idioma. Com dedicação, estudo, interesse e apoio de uma entidade pedagógica reconhecida, qualquer um tem capacidade de aprender uma nova língua e comunicar-se com clareza sem ter viajado para o exterior.